domingo, 8 de fevereiro de 2009

A minha primeira vez...




Cá estou eu a relatar em primeira mão a nossa singela visita à Freguesia da Lomba.

Saímos radiantes e de espírito entusiasta com o tempo que se fazia. O céu azul e um piscar de sol esbatiam-se sobre a estrada ainda marcadamente humedecida da noite anterior.

Pouco a pouco, cai sobre a luminosidade azul que se fazia sentir, uma nebula escura de onde caíram centenas de milhares de gotas de água que foram abençoar a nossa aventura.

As apresentações foram feitas, os guarda-chuvas foram nos abrigando e lá fomos nós com um pé à frente e outro atrás pela calçada fora.

Chegamos à antiga mina de ouro, nada faltou para nos proteger. (Ainda bem! Não é Ângela!!) Percorrendo aquelas paredes humedecidas e rasgadas à força de picareta sentimos ainda os homens que deixaram o seu suor em busca da pedra amarela.

Nós, aventureiras por natureza trocamos as picaretas pelas teclas macias da máquina fotográfica. Os cânticos que certamente se faziam ouvir outrora, hoje foram trocados pelas explicações dos dois anfitriões.

O percurso sinuoso que se avistava com a luz avermelhada guiou-nos de novo para uma luminosidade cegante. Já cá fora, diversos pormenores da natureza fizeram as nossas delícias. Pena mesmo foi a trágica descoberta da Ângela.

(Para a próxima, não deixes para depois o que podes fazer agora... Bem, eu sou mesmo o exemplo, não há dúvida!!!!!) :)

De pés molhados regressamos às nossas viaturas, para traz deixamos conversas com memórias passadas.

E de frente para o Douro, aproveitamos os singelos brilhos da água para imortalizar mais uma paisagem divina. Já no cimo da rampa íngreme, encontramos a Tati, a sua filha relâmpago e a tia Alexina.

O olhar cansado e azul desta mulher presenciou épocas de vivência que nenhuma de nós poderá experimentar. Através das fotografias a preto e branco relembra ainda as memórias do passado e a riqueza que em sua casa guarda.

Entre os artefactos da vida agriculta da família e os túmulos por lá perdidos avista-se uma riqueza ofegante.

Por fim, e já com as pontas do nosso corpo demasiado sensíveis, aconchega-mo-nos dentro do carro com ar artificialmente aquecido pelo rodar do motor que nos trouxe de volta às terras sanjoanenses.

2 comentários:

  1. Bem ... estou sem palavras :) e diz ela que não tem jeito para a escrita ... loll ... muito bem ... e as fotos estão FANTÁSTICAS :P

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  2. Olá Alexandra!
    Estás de parabéns pela forma muito bonita com que descreveste o nosso dia! Foi de facto um dia mágico e as tuas palavras ilustram-no perfeitamente. Senti ainda mais orgulho da minha terra e de nunca a ter querido deixar. Acho que nada me vais afastar do meu cantinho à beira-rio.

    PARABÉNS e obrigada

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